sábado, 10 de maio de 2014

Como cuidar da sua voz de maneira segura, professor? A Fonoaudiologia é sua aliada.

O que pode e o que não deve ser feito com a sua voz?

A Fonoaudiologia pode ajudar você!   


****Aproveite os preços individuais que as Oficinas de treinamento vocal em grupo para professores possibilitam através do programa "Você, professor.". Acesse: www.fonoaudiologiarj.com e saiba mais do programa. Para inscrições mande email para: barcellos.tatiana@gmail.com

 

Demanda vocal grande, estresses e muita responsabilidade são características comuns do dia a dia do professor....e  muitas dúvidas e mitos quanto aos cuidados com a voz.

Quando o cansaço vocal e a rouquidão surgem, você usa: Pastilhas? Gengibre? Sprays? Balas de hortelã?


Se você respondeu sim para algumas das opções acima, Professor, cuidado!

Quando você utiliza esses paliativos constantemente com essa finalidade, você pode acabar agravando o problema, traumatizando mais ainda o local, pois a anestesia provocada por eles tem essa função anestésica que mascaram o problema. 
Fazer isto continuamente pode trazer a você fendas vocais, nódulos e etc. Abuso vocal unido aos paliativos como esses é o pior caminho possível. É necessario que você diminua até retirar a tensão que pode estar fazendo quando fala, e isto com o treinamento vocal.

Mais de quinze dias de rouquidão é necessário procurar um médico otorrinolaringologista ou um(a) fonoaudiólogo(a) que trabalhe com voz.
Rouquidão é um sinal de que as pregas vocais, que produzem sua voz, podem estar "reclamando." De qualquer maneira, a rouquidão deve ser investigada e jamais negligenciada.

Como cuidar da minha voz, então?


Primeiro lugar, se você já sente algo diferente, tais como: ficar rouco todo final de dia, ou apenas um cansaço vocal contínuo, dores nos ombros e regiões próximas após as aulas, procure um fonoaudiólogo.

Acompanhar através de exames, é muito importante! Através da videolaringoestroboscopia, podemos visualizar bem as pregas vocais (produzem o som) e a laringe (onde as pregas vocais estão, em forma de "V" e  paralelas ao chão). Esse exame é realizado pelo médico otorrino. A fonoaudiologia irá realizar a avaliação perceptivo-auditiva, e em alguns casos, a avaliação acústica. Munido disso tudo, podemos iniciar a terapia ou a prevenção vocal.
Se você tem refluxo gástrico constante,  isso também pode prejudicar sua voz. É bastante nocivo para a laringe. Procure um gastroenterologista e o(a) fonoaudiólogo(a).

O fonoaudiólogo irá lhe ajudar tanto na prevenção, quanto na terapia. 

Ok... mas quais exercícios de voz podem me ajudar?


Um bom programa de aquecimento vocal é ideal. Procure um(a) fonoaudiólogo(a) para lhe conduzir às melhores escolhas de exercícios vocais.
Lembre-se que existem muitos exercícios, mas cada um com uma finalidade e com uma forma ideal de serem feitos.
Os vibratórios, ou seja, os que vibram língua e lábios são os mais conhecidos, mas existem modalidades diferentes de execução e, principalmente, a maneira correta de se realizar, para que o "tiro não saia pela culatra"


Sabe a velha dica da maçã? 
A dica da maçã é verdadeira! Com casca, desde a boca, ela ajuda a limpar os dentes e a fluidificar o muco, necessário em todo trato vocal, mas na sua quantidade e viscosidade adequadas.

Relaxamento, articulação, ressonância, resistência vocal, projeção vocal, respiração, corpo & voz são bases do trabalho da fonoaudiologia, e ela pode ajudar você.

Alimentação adequada, um bom sono, um programa de aquecimento vocal adequado, monitoramento da sua voz pelo(a) fono(a) são atitudes importantes.

Prepare sua voz e evite problemas, faça um trabalho preventivo e se beneficie disso ao longo de sua carreira! 

 Acesse o site www.fonoaudiologia.com e clique em "Você, professor". Um programa feito para atender às suas necessidades e dilemas diários com a voz.

Aproveite os preços individuais que as Oficinas de treinamento vocal em grupo para professores possibilitam. Forme sua turma com mímimo de 5 professores.

Para inscrições mande email para: barcellos.tatiana@gmail.com

E boa sorte, professor! A fonoaudiologia é uma aliada da sua carreira!



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dicção é sinônimo de falar bem? Dicas simples de exercícios de dicção.

Uma boa dicção pode ser sinônimo para alguns de "falar bem". Dicção é apenas um dos itens que compõem uma boa retórica.

Imagem visual, gestos, postura, fisionomia compõem 55%, ou seja, mais da metade, da atenção de quem vê. A dicçao está nos 38% que compõem à atenção para a voz.  E apenas 7% está para o conteúdo.

Então, a dicção merece treinamento, mas não é único item para se garantir o "falar bem".  

Falamos com o corpo inteiro! Não somente com a palavra, ou com a maneira que a usamos.

A Fonoaudiologia utiliza diversos exercícios que proporcionam o aprimoramento da dicção, como os travas-línguas, realizados de muitas maneiras e variações.


Para falar, precisamos mover a boca e a língua em movimentos chamados articulatórios. Para isto acontecer, precisamos da ajuda dos músculos.  Para dizer uma única palavra, recrutamos em média 70 músculos!

Então, desenvolver a sua dicção é desenvolver a flexibilidade desses músculos orais, os das bochechas, os da língua e base de língua, por exemplo.

O que posso fazer para trabalhar isso?


Com a finalidade de um treinamento, ou seja, algo que seja sistemático*, com tempo e objetivo*, você pode utilizar várias estratégias que são simples e eficazes.

O ideal é que você procure um fonoaudiólogo para orientar seu treinamento. As variações de exercícios são imensas e precisam ter foco. O fonoaudiólogo irá orientar quanto ao modo de realizar os exercícios, com maneiras isométricas e isotônicas de exercícios, que propocionarão finalidades distintas, colaborando na resistência e flexibilidade dos músculos. 

  1. Encher bexiga de ar
  2. Estalar a língua
  3. Segurar toda a língua no céu da boca, por alguns segundos, antes de estalar
  4. Encher as bochechas de ar e reter por alguns segundos
  5. Ler trava-língua, variando velocidades, com uma rolinha na boca (rolhas grossas são contra-indicadas), depois a mesma leitura sem a rolha.
  6. Estalar os lábios, fazendo som (boca do vovô)
  7. Beijo ao vento estalado
    Exemplo de trava-língua:


    Faça sem pressa e com movimentos bem executados, de maneira sistemática*

segunda-feira, 16 de abril de 2012

EX-PRESIDENTE LULA HOMENAGEIA A FONOAUDIOLOGIA NESTE DIA MUNDIAL DA VOZ

Hoje, 16 de abril comemoramos oficialmente o dia Mundial da Voz.

Para celebrar este dia, o ex-presidente Lula prestou uma bela homenagem à Fonoaudiologia, mostrando os inúmeros benefícios das sessões de Fonoaudiologia, nos ajudando a mostrar o potencial que a Fonoaudiologia tem.

Após passar pelo traumático diagnóstico de um câncer de laringe, com sessões de quimioterapia, Lula afirma ter vencido o câncer após 5 meses de tratamento com promessas de retornar à política e mostra ainda a importância da Fonoaudiologia em sua reabilitação.

Confira o vídeo clicando no link abaixo e confira o que Lula disse:
                                               http://www.youtube.com/watch?v=Ky0eJHcfcXg

O câncer na região da laringe é mais comum entre homens. É o de maior incidência na região da cabeça e pescoço. Os principais fatores que potencializam a doença são o tabagismo e  álcool. Os sintomas são dor de garganta, rouquidão, dificuldade de engolir, sensação de "caroço" na garganta e falta de ar.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Adele Venceu o Grammy 2012. Veja o que aconteceu com sua voz antes.

A cantora britânica Adele Laurie Blue Adkins, conhecida como Adele (24 anos), dona de um timbre marcante, vencedora do  Grammy Awards de 2012, em todas as categorias em que foi indicada, levando seis prêmios, passou, por uma cirurgia na garganta devido a um Pólipo vocal no final de 2011 tendo que cancelar todos os shows agendados. Sendo tumor benigno, o pólipo tem como causa, em geral, o esforço excessivo e abusivo da voz. Gerado, muitas vezes, através de um evento traumático e específico, como um gritoMuito ligado também ao tabagismo. tratamento pode ser cirúrgico, por corticóides e por terapia fonoaudiológica, em alguns casos. Os sintomas podem ser rouquidão persistente, sensação de corpo estranho na garganta e perda de alcance das notas mais agudas.



"Senti como se algo estalasse na minha garganta", contou ao jornalista. Devido aos esforços que vinha fazendo devido ao número crescente de shows, Adele desenvolveu um pólipo na garganta que acabou causando uma hemorragia nas suas cordas vocais, deixando-a completamente sem voz. "Foi como se tivessem jogado uma cortina na minha garganta".(http://multishow.globo.com/TVZ/Materias/Adele-fala-dos-problemas-na-voz---Senti-como-se-algo-estalasse-na-minha-garganta-.shtml)

O Pólipo vocal é um tumor benigno. Não é câncer. Localizado na prega vocal, quase que exclusivamente em uma prega vocal só. Esforço vocal como falar alto, rir alto, falar muito em quadros de gripe, pigarrear o tempo todo, sussurrar, gritar, que é um evento traumático, associado à um quadro de disfonia, o uso exaustivo da voz somados ao tabagismo, alergias e refluxos gastroesofágicos podem ocasionar os Pólipos Vocais.

Os sintomas podem ser rouquidão, que segundo à cantora, mesmo com repouso vocal, a voz não normalizava. A ocorrência de hemorragia é indicativo também de presença de pólipo vocal, bem como sensação de corpo estranho na garganta, dificuldade em alcançar tons mais altos, dificuldades na variação da intensidade e na coordenação entre respiração e fala/canto são sintomas que causam grande angústia, principalmente para quem utiliza a voz como principal meio de trabalho, como um cantor.




Em entrevista ao jornal "The Sun", Adele diz: "Eu danifiquei minha voz fora do palco, não em cima dele. No palco, eu sou tecnicamente ótima, mas quando eu falo, eu danifico minha voz", e ainda: 

"Larguei o cigarro por dois meses. Foi muito horrível. Tive laringite uma semana antes do lançamento do álbum e foi assustador. Parei de fumar, beber álcool, comer ou beber alimentos ácidos, apimentados e com cafeína. Foi entediante..."

"A minha voz melhorou quando eu não estava fumando", continuou Adele. "Em uma semana, percebi que tinha mudado, mas prefiro que minha voz seja um pouco ruim, para que eu possa me divertir".






Adele defende que o cigarro não foi o motivo do problema vocal que teve, Mesmo obtendo melhoras no padrão vocal no período distante do cigarro, escolheu retomar com o hábito.


Para o profissional da voz é essencial ter bons hábitos vocais para se manter a qualidade vocal e a saúde em geral.



Assista Adele:

  ("Rolling In The Deep" -Live At Walmart Soundcheck") - http://www.youtube.com/watch?v=LuXoLwPj9_A&feature=related
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segunda-feira, 4 de julho de 2011

American Idol - Fonoaudióloga brasileira participa como candidata de um dos maiores concursos de música internacional


Dentro do Hollywood Studios, na Disney, existe uma atração chamada American Idol Experience no qual podemos nos inscrever para os testes e seleção da próxima edição do programa American Idol. Qualquer pessoa pode fazer a audição, mas apenas três candidatos são selecionados para o show final. O escolhido pelo público ganha um passaporte para se apresentar diretamente aos jurados do programa da TV em Hollywood.
Sou fonoaudióloga, especialista em voz e cantora popular. No passado, entrei no Programa FAMA da Rede Globo como uma das selecionadas, mas como tinha sido aprovada no concorrido concurso para a vaga de Bolsista-Assistente no CEV, minha opção foi investir em formação acadêmica fonoaudiológica e científica.
Ano passado estive nos Estados Unidos e resolvi passar pela experiência. A primeira audição foi realizada em uma sala com uma professora de canto. Escolhi a música Wave de Tom Jobim para cantar a cappella, parte em português e outra parte em inglês para que soubessem que poderia cantar neste idioma caso fosse aprovada. O avaliador elogiou a apresentação e disse que meu timbre lembrava a voz da Kelly Clarkson (vencedora da 1ª edição do American Idol) acrescida de "gingado brasileiro", observação que recebi como um elogio. Após aprovação para a segunda fase, recebi a informação que estrangeiros geralmente não participam desta atração, além de não poder concorrer ao prêmio pela necessidade da cidadania americana (há aspectos trabalhistas envolvidos) e perguntou se ainda assim gostaria de fazer a segunda audição.
Obviamente, eu quis! Na segunda fase, já com aquele famoso crachá com meu número de inscrição, escolhi duas músicas de uma lista fornecida pelos organizadores e ensaiei por 20 minutos usando um iPod com playback fornecido pela produção. Nas salas dos ensaios o clima era mais tenso que na Torre do Terror, com grande competição e talento de sobra. Vários americanos olhavam como se eu fosse a primeira brasileira nos EUA, tirando o lugar de alguém. Depois do ensaio, fomos à sala do produtor para um teste de vídeo e apresentação com o playback. Minha adrenalina estava mais alta porque o avaliador havia insistido para que eu cantasse Breakaway, sucesso na voz da Kelly Clarkson e, apesar de saber a melodia, estava familiarizada coma letra há apenas 20 minutos. Cantei e fui aprovada para o grande show. Nessa hora foi uma festa! Vieram câmeras de todos os lados e pessoas que eu não sei de onde saíram começaram a bater palmas e gritar Congratulations! You did it!
Após aprovação, fizeram maquiagem e cabelo; passei por um vocal coach - que sabendo que eu era fonoaudióloga, fez mais perguntas sobre voz do que realmente me orientou - e segui para o palco com meus dois adversários. Passamos por testes de luz, som, uma aula de palco sobre movimentação e condutas durante o show e dois ensaios gerais. Uma infraestrutura fantástica e absolutamente profissional.
O show teve duração de 40 minutos entre musicas, vídeos e comentários dos jurados. Depois que nós três cantamos, o público começou a votar e divulgaram o vencedor exatamente como no programa oficial.
Como já era esperado, não ganhei o prêmio, mas tive um dos dias mais espetaculares da minha vida. Não era minha primeira vez como caloura, tampouco no palco, mas a sensação foi a mesma de quando tinha 12 anos e me apresentei pela primeira vez para um publico que não era composto exclusivamente pela minha família. Ser calouro, fazer testes, audições é uma tarefa bastante complicada para quem é avaliado. Temos no máximo 5 minutos para mostrar qual o nosso diferencial em relação aos outros concorrentes. A maioria é inexperiente, o que torna árdua a tarefa de fazer com que a técnica se sobressaia ao nervosismo, ansiedade e tensão. É ainda mais difícil fazer com que isso não seja ouvido em nossa voz, mas acredito que seja justamente essa suscetibilidade humana que torne a voz um tema tão incrível, apaixonante e infinito.
Participei novamente da atração neste ano antes de ir para The Voice Foundation, o mais prestigiado simpósio na área de voz, apresentar um trabalho sobre Presença de Dores Corporais em Profissionais da Voz. Felizmente, fui aprovada pela segunda vez para o show! O mais interessante de tudo é que no simpósio da The Voice Foundation, a sensação antes da apresentação foi a mesma: calafrio, nervoso, ansiedade e da mesma forma como no palco, terminada a apresentação, o nervoso dá espaço a uma sensação imensa de satisfação pessoal que nos deixa radiantes e desperta uma vontade inexplicável de passar por tudo aquilo novamente só pra sentir tudo isso outra vez. Desafiar-se é essencial e eu pretendo seguir assim, ampliando os meus limites e dando o melhor de mim!

Thays Vaiano
Fonoaudióloga e Cantora
Especialista em Voz pelo Centro de Estudos da Voz
Pesquisadora associada ao CEV

Fonte: BOLETIM DO CEV

CEV NEWS - ANO 2:17, 2011