quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Como falar bem? - Parte I -





Para quem pensa que falar bem é uma necessidade só do mundo contemporâneo, está enganado.

A arte de falar bem data de A.C!

Sim! Antes de Cristo.

A história conta que no século V A.C., na Sicília, Corax ministrou aulas a seu discípulo Tísias e quando foi cobrar a ele o pagamento das aulas, Tísias simplesmente respondeu a seu mestre:

"se fui bem instruído pelo mestre, estou apto a convencê-lo de não me cobrar e, caso não lhe convença, é porque não estou preparado... Espertinho ele, não?

Eles então publicaram um tratado que orientaria advogados que defenderiam as causas das pessoas que desejavam restituir seus bens e propriedades tomadas por tiranos.

No entanto, Aristóteles teve a honra de dar os primeiros passos da base da oratória. Além de Demóstenes, que era gago e Cícero, em Roma.

Porque não incluir os discípulos de Jesus e o próprio Jesus? Falavam para multidões utilizando mensagens com conteúdo de fé e esperança. Para mim, Ele foi o maior orador já visto.

Hoje, mais do que nunca, usar a voz profissionalmente não se restringe a políticos ou advogados. Professores, empresários, vendedores, executivos, pastores, padres, palestrantes, atores, dentre outros, também têm o privilégio de interagir através da fala.



O que você acha mais importante num discurso: O conteúdo, a voz ou a expressão corporal?

Segundo o psicólogo ALBERT MEHRABIAN, em seu estudo, verificou que a transmissão da mensagem tem a influência de 7 % da palavra, 38 % da voz, 55 % da expressão corporal.


Confira no vídeo da fonoaudióloga Leny Kyrillos:





Ou seja, para o seu ouvinte o conteúdo não está em primeiro plano, mas a maneira de você se expressar com seu corpo. Em segundo plano a sua voz e, por último, o conteúdo da sua mensagem.


A expressão corporal precisa corroborar com o que se deseja passar na mensagem. Isso inclui movimentos do corpo, o olhar, os gestos e o jogo fisionômico. Sua posição de ombros e cabeça podem exprimir segurança, insegurança, timidez e até mesmo arrogância.

Uma voz precisa passar credibilidade do assunto abordado. Por exemplo, uma voz infantilizada, que tendem para um ajuste mais agudo, não é adequada a uma empresária. Todavia, para uma apresentadora de programa infantil é aceitável. Tudo depende de como será o efeito dessa voz no público alvo e se este efeito atende suas expectativas.

Na receita da voz, a emoção é uma pitada grande. Muitas vezes o medo de falar é a emoção que mais aparece. Portanto, dominar o assunto que se deseja falar é a primeira tarefa para vencê-lo.

"Devemos tocar suavemente as pessoas por meio de um abraço sonoro. Tarefa que não é só da garganta e das pregas vocais: falamos com o corpo inteiro". Diz a ilustre Fgª Glorinha Beuttenmüller.

Na parte II de "Como falar bem?", você encontrará dicas práticas para aprimorar suas habilidades comunicativas.


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